Daniel Campos

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Soneto da volta

Volta sua cadeira ainda está sozinha
Tudo enfim e por fim já se acabou
Quando como uma singela andorinha
Abriu as asas e ao céu se lançou

No meio da minha estrada nasceu flor
Floresceu outro mundo e logo murchou
Roubou o perfume, deixou-me sem cor
Quando dentre espinhos me abandonou

Pensei em mais uma de suas brincadeiras
Mas foi a derradeira de suas rasteiras
Tombando para sempre os sonhos meus

Hoje desejo olhar seu corpo longe
Se perdendo num silêncio de monge
Quebrando a triste clausura do adeus.


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