Soneto da volta
Volta sua cadeira ainda está sozinha
Tudo enfim e por fim já se acabou
Quando como uma singela andorinha
Abriu as asas e ao céu se lançou
No meio da minha estrada nasceu flor
Floresceu outro mundo e logo murchou
Roubou o perfume, deixou-me sem cor
Quando dentre espinhos me abandonou
Pensei em mais uma de suas brincadeiras
Mas foi a derradeira de suas rasteiras
Tombando para sempre os sonhos meus
Hoje desejo olhar seu corpo longe
Se perdendo num silêncio de monge
Quebrando a triste clausura do adeus.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.