Soneto da plenitude
Somos toda a certeza da incerteza
O grito que não se consegue ouvir
Nossos olhos contêm uma tristeza
Mesmo quando nos pomos a sorrir.
Só vivemos quando nos dão lembranças
Nessas andanças surge a epidemia
Da saudade sul que infesta à esperança
Que existiu em nosso horizonte um dia.
O eterno nos entrega ao desespero
Na espera de um encontro derradeiro
Que se desencontra da própria vida.
Presos nas nuas correntes que tecemos
Acontecemos e não compreendemos
Nossa ida nos livros da despedida.
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