Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
Soneto da partida

Pobre daquela alma que, só, morreste
Entoem a ela a elegia ainda da janela
Mas mais mísera aquela que ficaste
Velando o choro vermelho da vela

Uma se espalhava por toda estrada
Perdendo-se no desejo dos mórbidos
Enquanto outra observava desolada
A quebra dos fios dos destinos sórdidos

Ainda arde a chama fraca da esperança
Mas a morte vem assopra e não atrasa
E rasga em unhas negras a bonança

Luto. Piedade da alma que partiste
Cânticos de dor à falta que arrasa
E viva à saudade que nasce em riste.


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar