Soneto da matança
Matem-na. Mas que a morte seja lenta
E dolorosa, arranquem-lhe seus ossos
Que a ferida carnal seja violenta
Aterrem-na no pior dos calabouços.
Que ao sofrer perpétuo, condenem-na
Que ela jogue suas longas negras tranças
Da pedra da masmorra. Prendam-na
Ao príncipe dos sonhos de criança
Torturem-na até que não agüente mais
Conversar mais nada além de alguns ais
Que ela espernei e gema e emudeça
Quando amor que ela não se esqueça
E sinta a saudade como uma doença
E dê a luz ao filho do perdão.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.