Soneto da jogatina
Por que a vida há de ser sempre assim
Um jogo de gostar e desgostar
Onde se dá o blefe a nos obrigar
A escolher entre o amor o medo e o fim
E se invertêssemos os jogadores
Se virássemos a mesa de apostas
E se olhássemos as cartas de costas
Será que venceríamos nossas dores?
A vida se joga de olhos vendados
Tantos amadores quanto viciados
Apostando nas mesmas intuições
Giro na roleta de cores tortas
Girando entre vitórias e derrotas
Apostando nas mesmas ilusões.
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