Soneto da inquietação
Quem sou eu caído nesse mundo estranho?
Quem sou eu, anjo que nem perde nem ganha?
Quem sou eu este que morde, beija e apanha?
Quem sou eu, pirata do amor tamanho?
Quem sou eu, pobre criatura doentia?
Quem sou eu que se deixa em cada abraço?
Quem sou eu que existo e não me disfarço?
Quem sou eu? Vilão? Herói? Fantasia?
Quem sou eu, feiticeiro solidão?
Onde toco vira medo e ilusão?
Deus ou o diabo, diga-me, quem sou eu?
Sou flor ou pólvora? Sou luz ou sombra?
Sou quem conforta ou sou quem assombra?
E desse adeus, sou rei ou sou plebeu?
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