Daniel Campos

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Soneto da desesperança

Ó tempestuoso céu a esbravejar
Em loucos urros ensurdecedores,
Eu fiel sonho sonhador a sonhar
Sobre o corpo íntimo meus temores.

Raia os raios e se põe o ventre a cortar
Num último parto de ódio e desejo
Onde os anjos caídos terão lugar
E o pecado à morte cederá um beijo.

Imploro em teus pés céu da escuridão
Cuspa-me sonoras lanças em chamas,
E traga o amor na ponta de um trovão.

Varra a solidão com seu vento norte,
Arrasa essa saudade que te clama
Por um tempo atroz que ainda se faz forte.


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