Soneto da correria
À procura da dona da tua vida
Corre torto e aporta no cais do porto
E desamarra os nós de uma partida
Rumo ao mar-adentro coração. Morto,
Ártico ou, índico ou mediterrâneo
Iça âncoras, velas, queime carvão
E atravessa os corais do subterrâneo
Rumo à ilha dos náufragos da ilusão
Tenha a lua no mar e o sol no iceberg
O destino é avante, sonha e navegue
Consulta estrelas, bússolas, desvia
De tudo o que estiver posto nos mapas
É preciso inventar um novo atlas
Antes que venha à deriva minha poesia
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