Daniel Campos

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Soneto da conversa fiada

Quando a noite chegar para dormir
Cansada das minhas fiadas conversas
Hei de ser como trovador que versa
O adeus, dois, três dias antes de partir.

No instante em que pousar os cabelos
De estrelas no travesseiro de plumas
Hei de trilhar no lombo de um camelo
Os caminhos desertos de quem ruma

Na imensidão vazia de um amor árido
E caem na tentação da flor de pedra
Que bela, de adeus o destino empedra.

Hei de abortar o desejo mais cálido
E sem dizer nada abrir minha estrada
Posto que adeus não é conversa fiada.


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