30/09/2013 - Soneto da confissão
Confesse que me acha chato, bobo, idiota
Que me quer longe, como Vênus de Netuno
Confesse que está louca pra bater a porta
Nesta cara pouca num instante oportuno
Confesse que optou por bem melhor companhia
Que nem se lembra do sonhador que cá existe
Confesse que voltou as costas à fantasia
De repente e sem culpa de me fazer triste
Confesse o não sentir falta desta presença
Que tudo não passou de uma vaga ilusão
E em silêncio, deu-me a solidão por sentença
Confesse que me trai e apunhala com desprezo
Que tudo não passou de uma imaginação
Enquanto reconfesso que ainda me tem preso.
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