Soneto costurado
Entre o pecado e o passado há um vão
Por onde passa a linha do desejo
Que costura o mel no papel dum beijo
Na boca macumba de um coração
Mas o beijo foi feio a luta não veio
O astronauta tropeçou caiu no espaço
São jorge bateu no dragão de reio
E o lábio de tricot se fechou em aço
E zanza acolá alinhava de cá
A agulha alinhava e cava sua boca
E zanza dali e vai como uma louca
Em um eu te amo na língua iorubá
Bordando as linhas da cigana néon
Que casa meu destino ao seu batom.
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