Soneto
Nasci dos versos tortos da paixão
Da plena poesia: fantasiada e nua
Nasci ao cantar das estrofes da lua
Que trêmula suplicava ao perdão.
Um ébrio vagava cantarolando
Nas canções, a profecia do acalanto
Que o destino cigano ia lapidando
Nos sorrisos transbordantes de pranto.
Tolo, nasci acenando aos que morriam
Trôpego, nasci ostentando a alma errante
Escravo das rimas que me envolviam.
Ao primeiro alvorecer da alma inquieta
A inspiração tomou-me por amante
Nasci assim com a sina de ser poeta.
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