Soluços
E da falta de adeus fez-se o silêncio
Esse ser estranho que chega de repente
Coberto por barreiras e espaços vazios
Que de tão forte, às vezes, dói.
A sua boca trancada em silêncio, dói
A sua falta de olhar, silêncio que dói
E dói mais que um barco sem mar
Essa dor feita de silêncio
Essa dor feita de uma despedida
Que não teve adeus para não doer.
Por Deus, devia ter existido o adeus
Para o sofrimento ser de uma só vez
Agora, sem o adeus anunciado
Não sei por onde anda
Não sei nada além de algumas lembranças
Lembranças, eis outro silêncio que dói
E da falta de adeus fez-se a dor
Uma dor prolongada em silêncio.
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