Daniel Campos

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Sol violeta

Lábios expostos
À luz branda do sol
Da manhã
Alguns pássaros
Tentam entender a conversa
Mas desistem e cantam.

O dia chega
E tem-se a impressão
De que você é a primeira
Visita de um sol
Que nasce
Nascente da sua janela
Nascente do seu íntimo
Nascente da sua boca.

Sol, sol violeta
Escorre pela pele
Ronda pensamentos
Provoca uma sensação de bem
De bem estar
De bem comum
De bem querer.

Sol, sol que a guarda
Durante todo o dia
Feito um anjo de fogo
Feito um deus incandescente
Feito um signo em brasa.
Sol, sol que a infesta
Por todas as frestas
Do corpo
Onde se ama e se detesta
Na velocidade de um sopro.

E por milagre
Dos santos astros
Quando a lua toma os céus
Feito uma bailarina
Sem sapatilhas
O ardume do sol
Continua fresco
Em seus lábios.


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