Sobreviventes
Ó minha amada
Quanto de mim
Ainda é teu
A saudade cresce enviesada
E o amor
Nasce e morre ateu
Do próprio amor.
Ó minha amada
Mataram as julietas
E outros tantos romeus
As promessas de amor eterno
Foram desfeitas
E só há o inferno
De amores desaparecidos
De amores bandidos
De amores enfraquecidos
Divididos
Entre a solidão e o adeus.
Ó minha amada
Para onde vai a nossa estrada
Será que o sonho não valeu nada
O que são esses mascarados
Que caminham com tochas de ilusão
E com espadas no lugar do coração
Será que o futuro vai acabar no passado
Será que ainda há algum deus
Cupido santo antônio são bartoleomeu
Para apelarmos pelo amor
Altíssimo ou será que acabaram todos
Nas mãos dos fariseus.
Ó minha amada
Vamos correr
Vamos fugir
Vamos nos ter
Vamos subir
A sós
Lá na ponta do horizonte
Detrás do monte
Estreitar mais a ponte
Que há entre nós.
Ó minha amada
Só resta os nossos nós
Entre a cruz e a saudade
Somos o último amor de verdade
Amor que dá luz
A outro mundo
Amor que é semente
Do sonho fecundo
De um amor
Do qual só sobrou a gente.
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