Seminua solidão
Um poema
Um dilema
Um teorema
O que é esse amor
Que não se pode negar
A criatura
Que é além
Do destemido mar
E aquém
Da própria ternura.
Tantas são as noites a me esquecer
Tantas as foices a me amanhecer
Só para lhe encontrar
Só minha
Sozinha
Rainha
Num canto do quarto
Com palavras semi-nuas
Ouvindo as estrelas cruas
Chorando o próprio parto...
Lá fora
Entre aquele que ora
E aquele que chora
Nasciam promessas
E outras solidões
Em paixões dispersas
Que revelavam
Um corpo calado
E insinuavam
Um espectro passado
Que ninguém adivinhou
Se amou ou se errou.
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