Sem arrependimento
Deixa-me cair
E o mundo, com todo o peso dos amores não correspondidos, passar sobre mim...
Deixa eu me atirar do prédio mais alto que encontrar
E quem sabe em queda livre eu possa ser livre pela última vez...
Deixa-me ser somente teu e me desvincular de tudo
De qualquer manifestação de vida...
Deixa-me ser devorado por minhas próprias aflições
(A cada dia elas se mostram mais fortes e eu mais fraco)...
Deixa-me pedir ajuda
E invocar deuses e demônios para ver se alguém ainda me escuta...
Deixa-me fazer a minha vontade
E amar-te, por um instante, de forma última e demais...
Deixa eu me despir
E fazer uma autópsia para arrancar da minha carne a tua espera...
Deixa-me amarrado e vendado
Para não ser obrigado a responder nem mesmo ver-te em forma de adeus...
Deixa-me entregue ao câncer de sentimento
Onde tumores são dores adormecidas, mal resolvidas...
Deixa-me abandonado
Até os abutres terem pena de mim...
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.