12/05/2016 - Reencontro
Olá!
Oi.
Como está?
Indo!
Pra onde?
Pra longe.
De quê?
De você.
Ah!
É...
Mas tem tanto tempo...
O amor não envelhece.
Amor?
É tudo o que tenho.
Mas já tem tanto tempo...
Nunca te esqueci.
Desculpa.
Não há culpados.
Tô sem graça agora.
Você nunca perde a graça.
Continua o mesmo, não é?
Do mesmo jeito que você deixou.
Vivi tanta coisa desde que tomamos caminhos diferentes.
Eu continuei vivendo você.
Não sei o que dizer.
Não há o que dizer.
Eu tentei te ligar, te mandar mensagem, mas...
Mas, porém, no entanto, todavia, contudo...
Chato!
De bobo virei chato...
Não você, mas tudo isso... É chato
Preferia não ter me encontrado?
Não! Não é isso.
Então queria ter me encontrado?
Sim, mas não tava preparada.
E quem está preparado para reencontrar os mortos.
Credo! Nunca achei que você estava morto.
Eu não, mas o amor.
Ah! Pode parar.
Se não quer falar de amor é melhor fingir que nem me achou.
Nossa! Precisa ser assim?
E tem como ser diferente.
Não quero sofrer aquela dor de novo.
Eu nunca parei de doer.
Por que nunca me procurou?
Porque você estava querendo se perder de mim.
Como assim? Eu... Eu... Eu não!
Não quero discutir, você sabe do que estou falando.
(Pausa)
Não precisa ficar assim.
(Choro)
Nada de choro, de tristeza, de culpa... Eu te deixei ir.
(Suspiro)
Você se foi, mas nunca partiu de mim.
Queria que tivesse sido diferente.
Ainda pode ser.
Mas a gente se perdeu...
A gente fisicamente, né? Pois o amor não está perdido.
Então...
Deixemos fluir. Não podemos represar um rio.
Às vezes sinto tanta saudade de tudo o que fomos.
Saudade é rio represado.
E o que isso quer dizer.
Que tudo continua aí represado.
Sim.
Liberta essas águas, essa saudade, esse sentimento.
Será? Será que eu devo. Será que é a hora?
Se não fosse não tínhamos nos encontrado agora.
O destino.
Se estamos aqui é porque desejamos estar aqui.
Ai, não sei o que fazer. Tô tremendo.
(Toque no rosto)
Me abraça.
Me beija.
Me cheira.
Me queira.
Te quero.
Te espero.
Não mais!
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