26/02/2016 - Quem sabe amanhã
Um dia, quem sabe, amanhã, tudo muda
E o nosso mundo volta a ser um só
Lá no fundo o meu coração pede ajuda
Você não percebe, mas há um nó
Amarrando o que eu quero do que não é
A falta de coragem, um tanto de bobagem
Coisas miúdas entre homem e mulher
Acabaram impossibilitando que o amor
Fosse o vencedor dessa história real
Desse romance visceral. Frutos, benditos
Frutos o que ainda amadurecerão
De tudo isso. A separação não é o fim
Nenhum inverno acaba com o jardim
É preciso que o pra sempre prepondere
Nem tudo o que fere mata, acaba, extermina
Muito do que fomos e somos nunca termina
Nem terminará. O coração vale muito mais
Do que o que caminhos que se vão divergentes
E a gente vai provar do que o amor é capaz
Um dia, quem sabe, amanhã, tudo será
Do jeito que sempre imaginamos ser
E que hoje ainda não podemos viver
Mas o tempo, o tempo virá e nos renderá
Ao meu, ao seu coração que dor alguma domará
O tempo virá e enfim, sem fim, nos abençoará
Nada se perdeu, nem acabou para mim ou você
Tudo tem um porquê um quê de mistério
O que é nosso está guardado no físico, no etéreo
Das relações. Que o tempo venha e sacramente
Um amor que nasceu urgente com sede de infinito
E infinito tem só começo e aí está o bonito da vida
Que não é só florida ou ferida, mas o amor na lida
E o amor, em sua infinitude, se transforma e nos toma
Mais cedo ou mais tarde de um jeito arrebatador
Confia, confia meu amor, no que ainda virá para nós
Mesmo longe, nossa paixão arde, e não estamos a sós
Comentários
Sou vidrada em poemas de amor. Achei o seu site por acaso e tenho lido muita coisa sua desde então. Hoje finalmente tive a coragem de comentar unzinho. Sou tímida, mas esse texto mexeu muito comigo. Parabéns! Continue escrevendo, pois quero ler muito mais de tudo isso.
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