23/01/2014 - Que venha
Que numa onda
Quebrada de espuma
Que numa sonda espacial
Ou numa escuna
Que o mar, que o céu
Lhe traga de volta
Lhe traga de volta
Eu ainda escuto teus passos
Ouço tuas notas
Eu lhe espero
E lhe quero
A cada abrir de porta
Que possa emergir
Das nossas areias
Do tempo e das praias
Pelas minha veias
Pelo meu sangue verde jandaia
Que possa sorrir e ferir
Pelo amor das trevas
E das arraias
Que venha num raio
De sol, num canto de chuva
Nas costas de um cavalo marinho
Ou numa taça de vinho
Mas que venha
Como lenha do fogo
Como messias do povo
Mas que venha
De dentro de uma concha
De dentro de um guarda-sol
Da luz de um farol
Que venha dos corais
Dos piratas sentimentais
Que venha pelas tramas da rede
Do pescador
Que venha pelas canoas
Flutuantes
Que levam o doce
Pelo sal
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