Poema dos espelhos
Hoje eu acordei
Olhos nos espelhos
Não me vi
Te procurei
E me encontrei
Em cachos de cabelos
E ao chorar
Sorri.
Nos espelhos
O nascer do sol
Dos teus olhos
Nos óleos
Já não tão verdes
Dos meus olhos
Que afundam como redes
No engano do oceano.
Ah! Veja só
Como me enlaço
No teu engano
E me entrelaço
Feito criança
No último nó
Da tua lembrança.
Ah! Em mim
O teu corpo
No teu sopro
O que ainda
Resta de fim
De fim de semana
De fim de Dolce Gabana
De fim de Copacabana.
Ah! Eu dentro dos espelhos
E os espelhos
Dentro dos teus cabelos
E lá fora
A poesia se deturpa
Na noite que há pouco te dei
E se oferece a mim
Calada e púrpura.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.