11/10/2013 - Poema-de-fada
Eu espero pela menina, menina d’alma
Aquela que pelo seu íntimo ciranda
Quero a menina que anda pela palma
Das suas mãos na ponta dos pés ou de bicicleta
Eu bolero pelas linhas do seu destino-mulher
Em dois pra lá dois pra cá com pequeninhas
Estrelas de ninar cantando sua rima predileta
E, de repente, tão somente somos eu e a menina
Que há em você a bordo de uma brilhante roda-gigante
Que roça a barriga da lua fazendo cosquinha
E, então, giramos os dois como pião sem tocar o chão
E, assim, fazemos piquenique rolando pelo jardim
E envergonhada me beija sapeca como boneca animada
E fala como se fosse princesa dos castelos impossíveis
E com palavras irresistíveis me pede colo e tudo mais
E rodamos num carrossel sem saber o que é solo e céu
E escondendo suas asas pergunta-me sobre o amor das fadas
E se derrete em ingenuidade numa astúcia sem idade
Pulando entre gargalhadas e amores de pelúcia
E menininha casa-se comigo brincando de casinha
E menininha foge comigo pulando amarelinha
Pelas nuvens de algodão doce que o destino nos trouxe.
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