12/08/2013 - Pisa
Pisa
Com pés descalços pelo meu território mais desconhecido
No encalço das minhas tramas
Chama-me
De pirata, de herói, de bandido
Mas me chama
Para perto desses pés adormecidos
No sonho de quem ama
Trocando a noite pelo dia
Trocando os pés pelas mãos
Balança os pés
Como vento que balança as folhas
Movimenta os pés
Como se percorresse uma ciclovia
Numa bicicleta imaginária
Cruza os pés sobre as pernas
Em posição de meditação
E de sedução e de equilíbrio
Interior, exterior, posterior
Pisa
Massageando meus sentimentos mais tensos
Quebrando cada um dos meus ossos
Bombeando meu coração enferrujado
Pisa
Extraindo vinho das minhas células
Marcando seu campo de guerra, de fé ou de apaixonamento
Pelas minhas paralelas e transversais
Pisa
Sem sentimentos de piedade ou culpa
E coberta de razões e intenções
Nem sempre entendíveis num primeiro momento
Pisa
Como sereia, heroína, bandida
Tatuando as plantas dos seus pés
Descalços no meu território mais desconhecido.
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