Daniel Campos

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Os sonhos da mulher amada

Quebrem as muralhas
Soltem as amarras
Cortem as correntes
Que prendem
Os sonhos da mulher amada
Soltem esses sonhos soltos
E que a eles não haja lei
Tampouco regras de convivência
Ou de amabilidade
Que eles corram
E façam piruetas
Na cabeça da mulher amada
Sem qualquer censura
E que as contra-indicações
Dessa mistura de sonhos
Sejam bem-vindas
Ou melhor, que sejam vividas
A fundo.

Para total segurança da imaginação
Que sejam levados à forca
Os castradores
Da fantasia que ronda
A mulher amada
E que seja decretada
A temporada dos sonhos possíveis
E por que não ? impossíveis.
Que os sonhos da mulher amada
Criem horizontes
Jorrem em fontes
Alonguem-se em pontes
E nasçam
E cresçam
E morram
Como simples mortais
E amem
E doam
E sofram
Como sentimentos
Naturais.

Que não haja manipulação
Nem radiações nucleares
No terreno imaginativo da mulher amada
De modo que os sonhos
Sejam puros
Para que não passe do ponto
O conto de fadas
Que alimenta e sustenta
As rotações e translações
Físicas e poéticas
Do mundo e do submundo
Da mulher amada.


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