26/04/2016 - O sono
O sono
Chega como quem chega do fundo
De nós mesmos
E certeiro, firme e decidido
Leva-nos ao esmo
Dando nós e mais nós
No nosso mais profundo
Eu
Como se fosse dono
Do corpo
Que coloca para dormir
Como não se não existisse mais nada
Num sopro
O corpo fica só
E a alma dá de partir
Num ir e vir
Louco aos olhos descrentes
O corpo ali como uma casca
Ausente
De qualquer preenchimento
Os olhos fechados, cerrados
Basta um sorriso ao vento
E tudo se desmancha
E tudo se deslancha
Por aonde vai esta alma?
Quem acalma o espírito que vaga?
A saga do sono é mágica e bela
Tão logo chega faz do corpo
Esse oco
Uma janela.
Comentários
Adorei o texto e a forma como você escreve. Achei você por acaso e tô impressionada. Virei leitora.
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