24/08/2016 - O que o coração intui
Ah, até hoje eu não entendo
Porque as peças não se encaixam
O amor está aí, bem aí, estou vendo,
Mas nossos corações não se acham
Mesmo estando se procurando
Definitivamente, não consigo enxergar
O que há por trás de tudo isso
Que diabos é esse reboliço
Que nos afasta mesmo querendo estar juntos
Que nos obriga a viver duas vidas
Quando somos uma só vida, um só conjunto
De sonhos, de sentimentos, de amores
Não entendo essa separação, essa despedida
Nós preparamos a terra, semeamos o futuro,
E quando o campo começa a brotar amor puro
Com nossos corações florando.... vem os tratores
Da incompreensão e acabam com tudo
E, daí, como água corrente, a dor nasce e escorre
Por tudo o que somos e parece que acabamos
Mas amor assim acaba? Não, não que eu saiba...
Mas eu sei de mim... Você já se vai longe enfim
Já se vai se escondendo, se negando, se matando
Para tentar evitar o óbvio. Vingança? Capricho?
Orgulho? Cegueira? O que a move. Vou acreditando
No final da tempestade que já perdura meses
Às vezes acho que estou sonhando um pesadelo
Eu, eu que ofereço punhados e punhados de zelo
Acabo abandonado por quem amo à própria sorte
Às vezes acho que a morte já me levou e eu não fui
Eu não entendo. Sigo, prossigo sem rumo ou prumo
E o mesmo do amor é tudo o que o coração me intui.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.