31/08/2014 - O que eu tenho passado
Por mais que tente imaginar
Você não sabe o que eu sinto
Como tenho vivido de lá pra cá
Daqui pra lá, de zanzá até acolá
Sem que consiga lhe achar
Em qualquer lugar
No cálice do altar no copo do bar
Mesmo estando diluída no ar
Numa espécie de perfume
Que por nada há de passar
Por mais que tente imaginar
Você não sabe o que eu passo
Como tenho suportado a falta
Dos seus abraços e o ardume do aço
Das lanças dos senhores do tempo
Que me pegam a laço
E sem qualquer embaraço
Ferem-me com seus dias mais ausentes
Sangrando-me de sentimento
Como se desse amor eu fosse penitente
Por mais que tente imaginar
Você não sabe o que eu enfrento
As coisas que da vida eu aguento
Para ficar ainda mais que perto
De quem me levou ao deserto
Que castiga os dias meus
Ajoelhado ao deus solidão
Que me quer preso ao chão
Porque se eu voar eu vou encontrar
Um novo destino para o verbo amar
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