O mundo e seus cabelos brancos
Do meu lado, o mundo e seus cabelos brancos
Queixava-se de suas dores, reumáticas e psíquicas,
Enquanto tomava duas ou três doses de mar.
Gostava daquele gosto salgado, daquela espuma,
Daquele tom azul que não parava quieto no copo.
Falava de umas coisas que ninguém podia imaginar
Contava histórias que ninguém ousou contar
Falava de sua vida e de um amor proibido
Quantas as voltas em torno da lua
E a frustração de não poder tocá-la
Ficou tonto com tantas voltas,
Imaginou um beijo, mas foi delírio
Ela sempre com seu balé de fases
A cada noite, despia-se um pouco
Ela sempre ameaçava se jogar
E ele abria os braços e esperava
Como se acreditasse nas falas da tal mulher.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.