O mundo, a lua e o sol
Do meu lado, o mundo e seus cabelos brancos
Queixava-se de suas dores, reumáticas e psíquicas,
Enquanto tomava duas ou três doses de mar.
Gostava daquele gosto salgado, daquela espuma,
Daquele tom azul que não parava quieto no copo.
Falava de umas coisas que ninguém podia imaginar
Contava histórias que ninguém ousou contar
Falava de sua vida e de um amor proibido
Que ninguém ousou censurar.
Quantas as voltas em torno da lua
E a frustração de não poder tocá-la.
Ficou tonto com tantas voltas
Imaginou um beijo, foi delírio.
Ela sempre com seu balé de fases
A cada noite, despia-se um pouco.
Ela sempre ameaçava se jogar
E ele abria os braços e esperava
Como se acreditasse nas falas
De quem crescia e pendia ao sol.
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