Daniel Campos

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08/08/2013 - Mordedura

Permita-se ser mordido
Pela boca amada
Mesmo que a dor beire o insuportável
Pois tudo é remediável
Quando se fala de amor
Deixe que as presas
Penetrem sua carne
Milímetro a milímetro
Pois o medo não pode ser maior que o desejo
Quando se fala de amor
Permita que ela tatue
Sua boca em seu corpo
Por quantas vezes quiser
Pois nenhuma mordida é igual a outra
Quando se fala de amor
Que a mordedura dessa mulher
Atice, rebulice, enfeitice e envenene
De prazer suas entranhas
Criando uma linguagem própria
Quando se falarem de amor.


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