11/11/2013 - Meninas e meninas
Há meninas que acreditam em princesas
E meninas que vivem como princesas
E outras ainda que são, de fato, princesas
Há meninas que brincam de boneca
E outras que inventam brincadeiras
Há meninas que vivem como santas
E meninas que santificam o eu sapeca
Há meninas que colorem desenhos
E outras que pintam a boca e as unhas
Há meninas que escutam contos de fada
E meninas que leem e vivem romances
Há meninas que contam carneirinhos
E outras que dormem com eles entre as pernas
Há meninas que falam por meio das mãos
E meninas que fazem beicinho
Há meninas que choram por qualquer coisa
E outras que fazem chorar sobre todas as coisas
Há meninas que se deitam com a ilusão
E meninas que se enfeitam
Há meninas que andam como se desfilassem
E outras que nascerão para ser carregadas
Há meninas que mexem com a realidade
E meninas que rebuliçam os sentidos
Há meninas que se vestem de corações
E outras que se despem como anjinhos
Há meninas que falam a língua das mulheres
E meninas que têm o poder de emudecer
Há meninas que dão espetáculo
E outras aplaudidas em silêncio
Há meninas que são cor-de-rosa
E meninas camaleoas
Há meninas que são de doce
E outras que vivem de fazer doce
Há meninas que aceitam o destino
E meninas que fantasiam o caminho
Há meninas que não crescem
E outras que nunca envelhecem.
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