Medra
Quando se ama
É preciso enfrentar um medo por dia
Medo de alguém
Medo de algo
Medo de ser aquém
Aquém ao próprio amor
Que a cada dia vai mais e mais além.
Medo de ficar sozinho
Medo de fazer e se fazer sofrer
Medo de ser tudo mentira.
Alguns medos
São domados
E até dopados
Outros, aniquilados em um só golpe
Mas alguns não morrem de vez
E agonizantes
Marcam-lhe feito tatuagem às avessas.
Alguns medos são falíveis
Outros, invisíveis.
Alguns medos são sabidos
Outros, mal nascidos.
Mas o medo maior
É o medo do medo
Que ainda está por vir.
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