Literatura de abajur
Quem sabe quando acabar
O último capítulo da novela
A última folha do romance
A última coreografia
Da dança da ilusão
Os matemáticos inventarão
Um cálculo
Que a faça entender
O que eu não minto...
Duas luas se beijam lá fora
Tentando encontrar o equilíbrio
Entre o crescente
E o minguante
Ah! Noite néon
Fina flor de verão
Onde estão as nossas taças?
O vinho envelhece
E a poesia se sufoca nos lençóis
Tão vazios de si
O vento rodopia sozinho
As velas choram sozinhas
E os alquimistas buscam isolar
A fragrância da solidão...
O bobo da corte perdeu a graça
A princesa fugiu em suas
Próprias tranças
Netuno aprisionou
As rosas do mar
Em suas lanças
E eu não sei pra onde vou.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.