Gérbera
Como se a taça do dia
Derramasse nos confins da noite
Tons e mais tons
De um mesmo amarelo
A noite se manchou
Do caramelo
Que não se desmanchou.
Amarelo não perdeu a cor
Continuou nas voltas
Do redemoinho
Que o vento da tarde soprou.
E o tempo amarelado
Borrou uma cor entardecida
Nas maçãs de uma lua
Envergonhada.
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