Daniel Campos

Imprimir Enviar para amigo
07/02/2015 - Fogueira fria

Meu corpo arde nu
Como uma fogueira fria
Numa dimensão vazia
No voo cego do anu
Meu corpo queima
E teima em querer
A mulher
Que não é
Do seu poder
Meu corpo inflama
Dizendo que ama
E que ainda chama
Pras suas entranhas
A mulher-poema
Que bem-mal-o-quer
Num dilema
Que quem perde
Ilusão ganha
Num amor que se mede
Pelas queimaduras
Que dão rachaduras
Ao coração
Que queima só
Tão só
Quão fogueira
Em segunda-feira
De São João
Ao final da prece
Da quermesse
E da procissão


Comentários

Nenhum comentário.


Escreva um comentário

Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.

voltar