Faz-se noite
Às vezes, a vida se mostra perto e vazia
E em todas as outras vezes
Faz-se tanta e impossível...
E não são olhos sem rumo
E não são copos vazios
E não são bocas confundidas
E não são procuras, tonturas
Ou qualquer outra loucura
A responsável pela confusão
Entre ponteiros e suspiros.
Simplesmente
Nesses momentos
Faz-se noite.
Independente se arde o sol
Faz-se noite.
Rente ou longe do cheiro das serestas
Faz-se noite.
Mesmo ausente de sonhos
Faz-se noite.
Mesmo sem diagnósticos
Sem profetas e profecias
Sem o trotar dos relógios
Faz-se noite.
Faz-se noite...
Faz-se noite
Porque é preciso saber
Que por mais que pareça distante
E tão distante pareça
Deve andar por perto
Alguém que nos faz
Confundir o próprio tempo.
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