01/05/2016 - Eu e as serpentes
Era eu
Inocente
Querendo ter veneno
Para participar do banquete
Era eu
Foguete
Querendo ser pequeno, sobra,
Para caber nas presas das cobras
Era eu
Solitário
Querendo ser junto, conjunto
Duas partes de um relicário
Era eu
Diferente
Querendo ser igual, tal e qual,
Aquelas malditas serpentes
Era eu
Apaixonado
Querendo abrir mão dessa grandeza
Para me igualar na tristeza da dor
Era eu
Desesperado
Querendo envenenar o próprio
Coração. Eu pescador do indócil.
Comentários
Você, como sempre, vai fundo. Amei a simbologia que imprimiu nos versos.
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