Destino
No princípio, havia o Caos
Nada além de todas as coisas
Misturadas e confusas
Num só corpo
Ali, entre o nada e o tudo
Reinava sua irmã
A Noite
Deusa das trevas
Que se casou com o Inferno
E teve dois filhos
O Ar
E o Dia
Mas foi o filho
Da Noite com o Caos
O Destino
Que nos fez
Encontros
E reencontros
E desencontros.
O Inferno, traído,
Quis nos fazer inferno também
A Noite, traidora,
Apedrejada para longe da terra
Nem em sua lua mais cheia
Conseguiu nos guiar
E o Caos, envergonhado,
Pelo incesto
Confundiu-se ainda mais
Em nossos passos.
E foram tantos os infernos
E foram tantas as luas
A povoar o nosso destino
De amor em caos.
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