20/11/2013 - Deixa pra lá
Há ferimentos
De bala
De corte
De saudade
De espinhamentos
E de deixa pra lá
Deixa pra lá
Cala
Pra sempre
Deixa pra lá
Dá morte
Na semente
Deixa pra lá
É tempestade
Intermitente
Deixa pra lá
É grito
De dor
É o aflito
Vazio
No mergulho
Do condor
É o orgulho
Se batendo
Morrendo
No sofredor
Deixa pra lá
É sentença
De solidão
É doença
Sem cura
É embarcação
Descendo
Rompendo
O horizonte
De uma fronte
Insegura
Deixa pra lá
Sangra
Zanga
Faz dos olhos
Mais brilhosos
Duas miçangas
Esquecidas
Empalidecidas
Anoitecidas
No universo
Do meu verso.
Comentários
Nenhum comentário.
Escreva um comentário
Participe de um diálogo comigo e com outros leitores. Não faça comentários que não tenham relação com este texto ou que contenha conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade. Eu me resguardo no direito de remover comentários que não respeitem isto.
Agradeço sua participação e colaboração.