De silêncio eu berro
Crava as unhas
Em minha garganta
E fica ali e me acabrunha
Com olhos de santa
Embargando-me a cada eu te amo
Desamando-me a cada eu te amo
Marcando-me a cada eu te amo
E de silêncio eu berro
Diante da sua boca que é ferro
Em brasa
De silêncio e arrependimento
Frigindo-me e me infringindo
No tormento
De um amor sem cabimento.
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