Daniel Campos

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09/04/2015 - Crê, vê, lê, sê

Não há mais nada a pedir
Tampouco a fazer. Crê
Que o amanhã há de florir
E vamos em frente. Vê
O desabrochar do mundo
E o quanto é profundo
O olhar de que ama. Lê
A fundo esse romance
Que foge ao alcance
Nos labirintos dos olhos
Dependura-se na lua. Sê.
Elástico suspensório
Entre o escrito e o lido
Morando ao pé do ouvido
Do tempo sem porquê.


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