Chororo
Deixa o choro cair em suas mãos
Deixa ser pedinte do perdão
E ore como quem chora
Num choro sem portas
Num choro que brota
Num simples agora
Chorar o que não é para chorar
Viver como quem assobia
Para não cantar
E olhar para cada um
Com os olhos que se via
Bêbado de tantos sonhos
Sonhados em vão
Chorar o choro em outras mãos
Ser consolado por outros olhos
Que sejam refrãos
De outras canções
Que não se esquece
E voltam à tona
Quando menos se espera
E talvez a voz
Seja a lembrança
Do que chorou
Do que ficou.
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