Chichen itza
Em Chichen Itza
A mulher amada
Tem o poder
Que ultrapassa a beleza
E alcança uma sedução
Política e econômica
Capaz de aprisionar
Toda uma nação
Em suas mãos
Na pirâmide kukulcán
Ela se deita e se levanta
Na condição perpétua de rainha
Sendo temida e amada
Por seus súditos
Que a odeiam de desejo.
Na primavera
A luz do sol se infiltra
Pelas fendas da pirâmide
E projeta a imagem de uma serpente
Com dentes afiados
E corpo esguio
Nas escadarias do templo.
Guerreiros e sacerdotes
Correm os 365 degraus
Como se corressem
Um calendário completo
Maldizendo a assombração
E fugindo de castigos maiores
Vindos da própria amada
Sozinha,
A rainha das amadas se deita com o deus
Que tem forma de serpente emplumada
E no momento do orgasmo mais fundo
Onde a mulher domina o deus
No alto dos céus
Vênus gira no sentido contrário
E inverte o sentido de tantos amores terrenos.
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