Daniel Campos

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Cerne do afeto

Por detrás
Das rosas
Por detrás
Dos versos
E de todas as prosas
Por detrás
Da saudade
E dos caminhos dispersos
Há do verbo haver
Há de muito querer
Há de se ter
O cerne do afeto.
Lá, nesse mundo intermitente, os abraços são demais
Lá, nesse mundo interiorano, os desejos são demais
Lá, nesse mundo inter-tropical, os sonhos são demais
Pra um só coração.

Ah! O cerne do afeto
O encontro
Das polaridades
Das vontades
Das divindades
Que existem perto
Numa cidade
Que naturalmente
E apaixonadamente
Pulsa umbilicalmente
Amor e dor
Ligada à outra circunferência
Interior
De uma saudade
Em pecado e penitência.


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