Daniel Campos

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Buquê de eus

Por onde andam seus eus?
Pra quem os conta?
Pra quem os diz?
Se é que os diz...
Será que não mais
Os quis
Ou será que os guarda
Num tempo
Num tempo atrás?
Com quem conversa
Essa língua tão nossa?
E se o vento ousar
Levar
Um de seus eus,
Será que ele vai me procurar
Pra me mal-dizer
Seu amor demais?
Não adianta prender seus eus
Não adianta destruir seus eus
Só o tempo os refaz.
Ninguém
Vai entender
A nossa maneira
De sofrer
Essa dor
Visceral,
Na qual eu
É plural
De saudade...
Ai, esse amor demais
Ai, essa língua tão nossa
Por onde andam seus eus
Será que quando ninguém vê
Ainda os oferece em buquê?


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