Daniel Campos

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Boêmia

Escorre em tantos caminhos
No cristal de uma boêmia
A sangria
Da vinhas em vinhos
Nas faces da flor
Que lembra o dissabor
De uma toalha opaca
De uma mesa num canto
Esquecida
De fingir que foi tida
E que maltrata
O próprio pranto
Que apaga suas velas
Como molduras sem telas
Onde o castiçal
Vazio
É um ato banal
E frio
Para os lábios
Que sem presságios
São tintos
Famintos
Da cena
Que insiste
E não nos permite
Outro poema.


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