Boca de tafetá
O jardim
A varanda
A falta de sol
Perdem o sentido
Quando eu quero
Que me deixem
Ou que nos deixem
Sozinhos
Nos olhos
De linho
De um tempo
Que nos traz
De volta
Na boca
De tafetá
De um tempo
Que ainda não há
De volta
Numa estada sem volta
De um tempo
Que fica nu
E a gente
Como dois apressados
Como dois condenados
O comemo-lo cru.
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