16/09/2014 - Anjo caído
O anjo
Rasga suas asas
Diante da traição
Mais cruel,
Abandona seu posto
Seu céu
E chora feito humano
O seu maior engano
O anjo
Senta na sarjeta
E lamenta tanto amor
Desperdiçado,
Quanto amor em vão
A quem só queria
Por capricho
Levar o anjo ao chão
O anjo
Que virou demônio
Para provar o que sentia
Tem pelas mãos de seda
Que na verdade são garras
De harpia, frias e vazias,
Sua fantasia dilacerada
O anjo
Que fez papel de idiota,
Inocente
Diante de tanta lorota,
Caiu de joelhos
Curvado e humilhado
E agora se arrasta
Em busca do autoperdão
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