26/12/2013 - Amor da terra e do ar
Há muitas léguas
Um homem do mato
Me falou
Que o amor
Não se mede com réguas
Nem fica em porta-retratos
O lavrador me ensinou
A arar o campo dos sonhos
Para estimular o germinar
Das fantasias
Que hoje lhe proponho
Entre ruas de poesia
O velho amigo
Me levou
Pela mão
A identificar e a separar
O que é joio e trigo
Num punhado de ilusão
O filho da lua
Me mostrou
Como debulhar
Saudade e dela semear
Corações alados e avoados
Pela cidade
Sem me esquecer das lições
Do violeiro, vou faceiro
Pelas minhas plantações:
Sonhos de corda
Beijos de rama
Amor à moda da dama
E como saio a quem puxo
Ao feitio do meu bruxo
Planto, rego, colho
Rastelo, ralho, tolho
O belo do belo a você
Minha noiva em buquê
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