Daniel Campos

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15/02/2014 - Voa pro ninho

A mulher amada é como pássaro tão frágil quão forte num equilíbrio que permite estar e não estar no chão ao mesmo tempo. O movimento de suas asas interfere diretamente nos fluxos de pensamento e sentimento num campo a perder de vista. Ela chega cantando mesmo com a boca fechada, pois seu corpo canta por si só. Canta uma felicidade incomum. Canta uma esperança que não se prende. Canta uma paixão que, de fato, existe.

Mesmo que ao meio de tantas outras mulheres, numa arrevoada imensa, a mulher amada se vai ou chega única, reinando absoluta nos olhos de quem acompanha o seu voo. É como se estivesse sempre em busca da alegria do verão sem deixar de aproveitar a necessidade de calor a ser trocado no inverno. E, com olhos de outono, é primavera do amor entre suas tantas cores e perfumes. Diante da mulher amada, sou ninho. Simplesmente ninho, nada mais.


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